quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Soy el Chamamé

Qual o sentido da nossa busca pelo sentido das coisas?
Qual é essa vontade atávica que nos remete a lembranças?
De que servem estas lembranças para compreendermos o futuro?

Que servirá compreender o futuro, se nos remetemos sempre ao passado?

Assim como o Chamamé, que é um envergonhado filho do Tango,
Somos os acanhados filhos do passado, que nega sua linhagem.
O passado se perdeu ao pensar no futuro, o prevendo, o medindo.
Seremos então o que um dia se pensou em ser o futuro do horizonte,

Somos o passado de um futuro distante em pensamento e próximo em data.

Nada somos se não o passado de nossa vontade de prever o que seremos,
Aqueles que se perderam ao pensar que não são nada a não ser o presente.
Somos o passado do futuro de outros tempos; Esqueça!
Para o tango, somos apenas el  hermoso chamamé,
E para nós mesmos, não somos nada. Apenas.

Prates, F.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Fazendo Festinha?

ÔPA!


É com profundo pesar que inicio um novo ano,
O meu novo ano; o Vigésimo terceiro ano de minha passagem por aqui.
Sim, estou de aniversário! Que felicidade, não?

Não.


Nunca gostei do meu aniversário, por razões diversas:
Não era uma criança muito popular digamos,
Não tive muito amigos para irem as minhas festas,
Na verdade nunca tive esse tipo de companhia!
Meus aniversários baseavam-se em familiares,
Chá de maçã, pão de ló (odeio bolo) e salgadinhos.
E sabe, eu sempre gostei mais dos parentes mais velhos,
Do que outras crianças correndo em volta. Incrível!

Devo a isso um pouco do que hoje sou,
Este ser amigável e totalmente sociável! (HAHA)
Nunca foi de minha forma se este tipo de humano,
Já estava predestinado ao individualismo. Que horror.


-


Sabe o que nisso tudo se torna mais engraçado?
É lembrar do que eu imaginava que seria aos 23:
Alto, forte, com emprego fixo e terminando minha faculdade!

HA HA!²

É engraçado como as coisas nunca são como imaginamos.
Na verdade, a vida faz questão de fazer totalmente ao contrário,
Só para sua mais ínfima diversão. Que miserável é esta vida!
A vida é um contrato vitalício com a decepção e todas suas ramificações.


-


No 22º ano passei por muitos momentos bons,
Igualmente aos momentos ruins, em todo seu esplendor.
Conheci pessoas maravilhosas, que me proporcionaram
alguns destes momentos ruins, não por culpa sua. Eu mereço.

Foi um ano estranho, porém, foi um grande ano,
Espero que suas partículas sirvam de alicerce para este.
Obrigado a todos que agüentaram minha frieza e falta de alma,
E a todos aqueles que ainda vão agüentar: HANG ON!


Prates, F.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A origem de nosso pequeno mundo caótico




 1º Parte






A princípio, podia-se ver ao longe a forma daquela figura;
Não seria difícil entender os motivos e as causas se não fosse
pelo modo de como o assunto era habitualmente por eles abordado.
Existe em algum lugar a razão para essa porta se fechar?

Encontra-se a razão das coisas no vazio e na penumbra de sua passagem,
E não na sua real presença; lá somente há sua forma diáfana.
A procura é então a única solução para o problema que persiste,
E nesta deve-se encontrar apenas pistas e indicações; fuja das respostas!

A resposta é o mal, que faz sucumbir em lixo, toda a humanidade, 
Compelindo-nos a se satisfazer com o limitado; que engano este!
Mas o que então procuraríamos se não as respostas da vida?
Procuremos nas profundezas de nossa alma a melhores perguntas.


-


Ele pega na mão da senhora e lhe entrega uma carta,
Continha esta as escritas de outros tempos.
Nestas escritas, valsavam as orações, em sua rude caligrafia,
Por que então não as reconhecia como suas?

A meia noite, enquanto bebia sua água, pensava em seus negócios,
alguns pendentes e em muitas vezes perdidos em razão de prazos.
Não raciocina como antes; seu estômago clama por sentimento,
Ou talvez tranquilidade. Logo adormece depois de tamanho desejo.

Somente em sonhos pode-se realizar tais fantasias: Pois;
Não nascemos para a felicidade, mas sim, para sua eterna busca.




  Prates, F.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Nietzschenizando

"Não é a altura, mas o declive que aterroriza!
O declive de onde o olhar se precipita para o fundo e a mão se estende para o topo. É aqui que se apodera do coração a vertigem de sua dupla vontade.

Ah! Meus amigos! Adivinhas a dupla vontade de meu coração?
Tal é, sim, tal é minha inclinação, para mim, e tal é meu perigo: que meu olhar se precipite para o cume, enquanto minha mão queira agarrar-se e amparar-se... no abismo!"


Friedrich Nietzsche
(Assim falava Zaratustra - Da pudência com os homens)

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Triste entendimento das coisas

É triste iniciar um texto com um pesar,
um pesar profundo que segue na linha das costas,
recostando-se no coração que ainda dorme;
Acorda! Já é hora de avisa-lo!




- Mas, já? Deixe-o mais um pouco em suas fantasias,
afinal, pelo que passou, trata-se de um merecedor!

- Não. Não temos mais tempo. Vá e faça o que tiveres de fazer.

- Matarei-lo-ei.


/


É com grande pesar que vejo a finitude dos sentimentos,
é com grande pesar que percebo o quão grande é a estima dos outros,
é com grande pesar que sinto a falta de entendimento sobre mim.
É com grande pesar que digo; hoje não comerei Iogurtinho. =( 


Prates, F.