sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Buon Natale.

Buon Natale a voi e ai vostri parenti. Perché non ho problemi con esso.
Io non sono cristiano e non dispongono di Babbo Natale.
Lascio tai assurdità ai bambini e vecchi!

Peccato che il cattivo per eccellenza!
Mangio, solo.

Prates,f. 

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

BlasfêmEA


    “Chega! Para de te desesperares pelo homem que sustenta teu estômago; a muito que este não é o caldeireiro de seu coração!”




         Observou, de forma prudente e solitária, os pássaros azuis que por ali voavam, agraciando ouvidos com seu canto de acasalamento.
         Com um inefável semblante de tristeza, que só posso atribuir culpa ao campo das cênicas, se postava suspirosa em seu mais feminino esplendor.
          Em conjuras silenciosas invocava seus demônios e outros mais, ou dos outros mais, ou somente do outro, nada mais.
         Fechava os punhos, fazendo de algozes suas unhas roídas; coitadas de suas lisas e brancas palmas, a estas só resta o peso da compunção.


       -

         Em meio a está guerra, travada entre sua mente e seu coração, o rosto, de branco a ruborizado, tremia em pequenas contrações, talvez por sentir o frio típico da ausência do calor.
         Odiava até mesmo o ar a sua volta e a este atribuía o epíteto de “pesado hoje”. Ali, em seu altar, batizava de desgraçados todos aqueles que se assemelhavam a aquele mísero prudente.

       -

         Sentenciava-se, a si mesma, duras penas de infinita duração e, não satisfeita do lastimável açoite, as cuspia do alto de sua cátedra à seus ouvintes ladinos e com fome de misericórdia e compassividades.
         Esta é agora a ré de uma juíza frívola e impetuosa; Sua sorte, talvez, derivada do que fora seu revés, seria que esta magistrada baseia seu julgamento no código dos conceitos efémeros.

       -

Eis aqui, a defesa de seu anátema:


“ Se amo, por que dói?
Se dói, por que o amor não me abranda?
Se não me abranda, por que ainda amo?
Se ainda amo, por que, desta vez, não me saem as lágrimas?
Se amo; o que amo?
Eu amo?

Não. Acho que só comecei a me odiar um pouco mais.”

Prates, f.

domingo, 12 de dezembro de 2010

Lasciate Ogni Speranza Voi Ch'Entrate.

...Per questo è la casa del famigerato.

-
A felicidade existe sim. Quando ficares triste, tenha certeza que ela passou por ai.
Prates, F.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Desperta agora!


Hoje despertei e percebi que tinha madurecido.


Percebi o quanto é importante uma boa noite de sono.
Percebi o quão bom pode ser um banho rápido em dia quente.

Percebi que a pressa é inimiga da perfeição, porém, temos a pressa de sermos perfeitos.
Percebi que tive me enganado com minha noção de dor; A verdadeira dor não se pode apontar com o dedo.
Percebi a importância do calor ou do frio para nosso crescimento sadio.
Percebi que não quero ser dono de ninguém; Se não me amarem pelo meu mal, insignificante será meu bem.
Percebi o sentido das religiões, mesmo não as fazendo uso, nada sinto em seu desfavor.
Percebi o quão envolvente pode ser um livro, e sim, este pode mudar uma vida, mas, não o mundo.
Percebi que só nos sujeitamos ao sal das lágrimas para além provar o doce sabor da vida.
Percebi que todo mal é passageiro assim como todo o bem, mas, sempre nos restarão suas trilhas.
Percebi a insignificância das estrelas comparadas ao ar fresco que respiro pela manhã.
E depois de inúmeros embates, entendi; A beleza do amor é somente sua total falta de sentido.


- Dorme criança! Dorme e cresce logo para ver o que hoje vejo.
Não vale a pena afogar-se em mentiras de um mundo repleto de lindas verdades.

Prates, F.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Estou Grávido!


Vilipendiem-me e não poupem-me de seus vis pensamentos. Deles é que construo minha escada mais longa!

Prates, F.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Engana-se o que se acha eterno!

Não perca seu tempo alisando os pêlos com elogios.
Atreva-se a engolir o amargo sumo da colérica alheia!

Infame é aquele que lhe entrega a razão por poucos trocados ou até pela piscadela mais distraída.


-

Convença-se que a verdade não está onde todos a procuram,
busque sozinho naquele canto vazio onde evitam os olhos do fraco
e titubeiam aqueles que acreditam no poder de mudança do além de si.
Estes morrem, enganados com elogios e condenados por suas ofensas. 

Agradeça pela falta da eternidade; Juro-te, ela não lhe faz falta.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

29/11/2010

    Cessa hoje a vida de José Gomes da Silva; Pai de minha Mãe e esposo de minha Avó.
    Se encontra agora livre da obrigação de sobreviver à lama, inocentado de seus pecados e perdoado por seus vícios.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010



Olho pela janela esperando no portão ver a feliz mentira
De um possível futuro de tristezas e lamentações.
Como me faz falta aquela pessoa que se dizia alheia à vida
Como faz falta e como dói não ouvir o que se quer ouvir.


Ah! Se a vida desse a oportunidade de tapar nossas profundezas
Esconder nossos medos e mascarar verdades ocultas
Diria que ainda sinto ressoar em meus cansados ouvidos
Sua voz, suave e delicada gravada em segredo no seu celular.

-

Queria poder invejar aqueles que decidem sofrer
Aqueles que dizem que o risco é divino e celestial.
Queria ser o que me repele, feliz, portanto
Queria ser vazio, nulo, medíocre, porém, seu.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Sobre política e sistema da valoração brasileiro. (Arnaldo Jabor)

Vou fazer um post sério (com sentido, logo, obviamente, não é de minha autoria).
É longo, mas, é a mais pura realidade, ficando assim, curto e insuficiente aos leitores "rebanho".

- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.
Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;
Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade. ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.
É coisa de gente otária.

- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.

Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.
Brasileiro tem um sério problema.
Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.

- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.

Brasileiro é vagabundo por excelência.
O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.
 
- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.

Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.
Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar, provavelmente irá preso.
Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.
O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.

- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira.

Já foi.
Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da Guerra do Paraguai ali se instalaram.
Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.
Hoje a realidade é diferente.
Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.
Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.
Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.

- O Brasil é um pais democrático. Mentira.

Num país democrático a vontade da maioria é Lei.
A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.
Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.
Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.
Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).
Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.

Democracia isso? Pense !

O famoso jeitinho brasileiro.
Na minha opinião,um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.
Brasileiro se acha malandro, muito esperto.
Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.
No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?
Afinal somos penta campeões do mundo né???
Grande coisa...

O Brasil é o país do futuro. Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.
Dessa vergonha eles se safaram...
Brasil, o país do futuro !?
Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.

Deus é brasileiro.
Puxa, essa eu não vou nem comentar.

O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.
Para finalizar tiro minha conclusão:

O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.
Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!

Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?

(Alguém)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A análise do drama II

A morte do homem.
 
O cheiro da senhora ainda permanecia em seu quarto,
Fechado desde a semana passada enquanto chovia;
Ainda se encontra este na penumbra em dias de sol,
Não arriscaria ele perder aquele perfume de pele.

Sua roupa no canto direito, perto à porta entreaberta,
Demonstrava o fraco asseio de um senhor debilitado,
Eficazmente ferido pela palavra do outro,
Que outrora se chamava; a base de minha existência.

-

“O telefone toca,
Ela atende,
Ele sussurra,
Ela entende.”


Se fosse ele cruel, diria,
Que sua alma morreu de solidão,
Seu corpo desidratado pela insistente,
E nociva demanda de lágrimas; sofre em silêncio.

Seu anseio em puni-la é grande,
Olha para fora pela fresta da janela do banheiro e chora,
Sepulta a si mesmo em comiseração a cada soluço dado.
Onde não fora mais perdoado por esquecer seu coração
Na mão de uma estranha, diga-se aqui, paixão.

-

Na festa a luz de tochas e lampiões,
Encontrava-se ainda com olhos vermelhos,
Mão tremula e mente vazia; uma folha em branco talvez.
Não se via mais o jovem poeta, só o velho corpo de alguém,
Que por sua vez perdeu o espírito do que antes era um deus.

Aos amores correspondidos, disse ele a mim:
- Sorria como se fosse um arlequim,
Viva para não se arrepender no fim.
Mas, quero que saiba, que este que aqui vês,
É aquele que em outro momento de poesia vivia,
E agora mal consegue concluir uma prosa,
Quem dirá uma melodia.

Pois, no amor e na vida, o ser não passa de um volantim,
Que caiu de sua corda bamba e ao invés de subir novamente,
E mais uma vez encantar o mundo dando sorrisos como presentes,
No chão chora ao olhar para cima e suspirando abomina,
O simples pensamento de tentar ser feliz novamente.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A análise do drama.

A fotografia, o copo d’agua e o poema.



Na mesa da sala, onde estava Reginaldo,
Encontrava-se um lindo porta-retratos,
Parecia que estava ali há empoeirados anos,
De uma madeira rústica porém de imenso brilho.

A foto era em papel de linho,
Em um maravilhoso tom sépia acabando-se em vermelho vivo.
Reginaldo quase podia sentir o cheiro do papel,
E a textura andava por sua língua e descia até a ponta de seus grossos,
E já castigados dedos de artesão.

-

Ela chegou e o entregou um copo com água,
A água não tinha o mesmo gosto da que em casa bebia,
O copo turvo e mal lavado, indicara que aquela mulher já não enxergava como antes,
Mas, mesmo assim, pensou Reginaldo levando o copo a boca
Essa é a melhor água que já me ofereceram em minha miserável vida de servente.

“Quer mais?”

Foi essa a pergunta que me fez esquecer do gosto daquela água,
Que em copo turvo me foi servida e nada mais importava.

“Sim, mas, menos que o primeiro. Por favor”.

- Desculpe a indiscrição da pergunta,  o rapaz vai em direção a mesa e lentamente olha novamente para o porta-retrato que se perdia em meio aos raios de luz do entardecer.
- O que você segurava na foto? Que folha era essa? - Pergunta.

Um momento de silêncio o fez arrepender-se do questionamento,
E então um suspiro surgira quebrando o engolir seco,
Aquele que muitas vezes marcara com angústia a garganta de Reginaldo.

“Machado de Assis”.

Não mais que uma prosa, disse ela sorrindo com os olhos,
Indo em direção a cozinha para trazer-lhe outro copo d’agua,
Mas desta vez não tão cheio quanto o primeiro.
Suficiente apenas para tirar-lhe o gosto da foto,
Que ainda assombrava seu paladar.


-

Por que a vida me faz questionar a vida, perguntou para si,
Ainda temo o que posso ouvir desta mulher,
Possuo o receio de entender os seus motivos,
Ou deve ser apenas uma eterna sede,
De sua água servida em copo turvo?

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Do primeiro capítulo III (O final do ato)



Ele se vê frente a frente com o seu antigo companheiro de pensão,
Que lhe faz muitas indagações sobre sua vida no hoje.
Enquanto bebem uma boa dose de conhaque divagam sobre o céu,
Sem esquecer um segundo sequer do seu tão amado inferno.


Um dos cadáveres fétidos, vítima da ilusão obscura da inobservância,
Faz com que um dos senhores, o possuidor da menor barba, chore.
- Por que fazes isso comigo, enquanto te quero tão bem - diz ele;
 A falta de resposta adjunta com a respiração trêmula e olhos nublados pelas lágrimas ainda presas e também pela consciência da frieza dos termos utilizados por ele;

Vai embora e se da início o vento de agosto.


-

Antes de ler o relato de Antônio, a moça o corta em mil pedaços,
Antônio fecha seu rosto em um semblante comum entre senhores,
Enquanto seu coração se desfaz em lágrimas e grita para saírem as palavras verdadeiras que sua alma embriagada joga em seu consciente.

Não era a vontade de Antônio que isso acontecesse, porem, era a vontade de seu deus,
Que agora o olha com um sorriso enfático de um ancião judeu.
Agora ela esta morta e não há nada que faça isso mudar a não ser a vontade de Antônio; Mas não é esse o seu desejo.

-

Ele disse para mim, você será tudo aquilo que você nunca desejou ser,
E terá que ser assim até não mais desejar ser nada a não ser você.
Olhei suspiroso  para o mar e vi a lua em seu esplêndido reflexo.
Por que o reflexo torna-se mais importante do que o refletido para o humano comum?

Ele nunca desejou tanto o final do dia quanto hoje,
Talvez ela não, mas, ele não liga para o outro.
Ele só quer uma coisa; a coisa que ninguém mais deseja.
O fim da procura viciosa pelo inexistente. Olhou para o nada.

Pela última vez neste dia, fechou seus olhos.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Do primeiro capítulo II



Quando a saudade começar a constituir o ser,
Não mais verá a verdade absoluta da existência do eu, mas,

Terá a necessidade, quase simbiótica, de encontrar o outro, para sempre.


Quando esse desejo nefasto tomar conta de seu coração já impuro,
De suas precedentes batalhas, perdidas e sem objetivo,
Verá que o erro é agora a base de sua obtusa vida,
E soluçando com o peito doendo ficará feliz ao ouvir a respiração.

-
Olho agora para os lados e encontro as janelas abertas,
Olho fixamente para o restante de sol que oferecem.
Penso; quando foi que a vida começou a responder as minhas divagações,
E quando foi que estes acordes começaram a me fazer sentido?

A incerteza da vida, para minha pessoa, tem tanta beleza quanto
Uma brisa reconfortante em uma tarde de amena de sábado.
Agora tenho que esconder mais uma vez meu ego,
Pois meu umbigo não vai agüentar mais uma palavra sobre mim.

-

Ele diz que necessita do outro para formar sua personalidade
Mas o outro também diz, que necessita dele para igualmente formar a sua,
Os dois cruzam a mesma porta, cumprimentam-se, olham simultaneamente para seus sapatos embarrados e não se olham mais.

Disse à moça, venha cá pequena. Venha me fazer feliz e somente isso,
Não lhe ofereço nada em troca a não ser minhas palavras distorcidas
E sei que gozarás com o entendimento das mesmas, pois, eu as faço
Somente para ti, assim, como para as outras em outros tempos.

Ela sorri, o beijando em suas duas faces, ao mesmo tempo em que fala
Raspando em suas duas orelhas:
Na esquerda em áspero tom; seja aquele que queres pensar que eu queira que seja, pois, tanto faz para nós dois.
Na direita em semblante aberto; seja aquele que nunca irá ser, mas seja e não o contrário.




Ele abre a porta e vai embora sem hesitar,
Deixando sua foto na mesa com flores da estação.

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Do primeiro capítulo





Ele afirma ver este homem onde quer que vá,
Mas não consegue descrevê-lo, pois,
Ainda é cedo demais para enxergar o que deve.


Ele ainda escuta o tendencioso e se lamenta por isso
Mesmo sabendo que tudo que ocorre, cada ação, cada gesto,
Cada palavra proferida por seu aparato de fala
Provêm de sua própria vontade de ser uma alma miserável.


-

Não adianta só odiar, disse ele para mim, mas tem que ser puro
Não adianta querer ser o melhor, se antes, não provou para si que pode ser
O pior dos piores naquilo que deseja ter sucesso.
Essas mudanças geram a dor que nos fazem parar para enxugar o sangue
Que sim, deveria continuar onde estava, mas, por um capricho divino
E só por capricho e somente por divino posso atribuir tamanha hipocrisia
Ele se vê só e não se vê mais, pois, aquele que era seu espelho matou o reflexo do homem que outrora ali habitava. Ele é o que o outro não quer que seja nunca mais, mesmo assim, ele continuará sendo para sempre o monstro de seu livro infantil.

-

Deveria fazer pequenas profanações sobre o que é ser filho de Deus
O que é essa enorme benção que é ser o possuidor da alma imortal.
Mas antes teria que colocar as mãos na lama e encostar os pés nas nuvens.
 
Diga o que te aflige e o que te faz infeliz ; O que queres ser.
Mesmo que este seja o mais impossível desejo.
Deixe que eu possa ter o prazer em lhe dizer
Bem vindo ser humano, começa desde já a mentir para si e seja aqueles ali
Que antes você pensava que eram os demônios de sua vida.