Do nascimento.
Onde mais poderia ele procurar,
O que perdera em outros tempos.Tempos estes que se faziam oportunos,
Em relação a sua alma ainda flamejante em paixão.
Olhar jovem, a mente astuta; frases paradigmáticas,
Da novela de uma vida inteira que ali se iniciava,
Mal sabia ele o perigo daqueles prazeres,
Os quais eram por ele procurados com afinco.
Seu vício, sua sina; que dilema este!
Por que não me entregaria a esta verdade,
Esta que é a maior delas; a mãe de toda a razão,
Encontra-se na irracionalidade do amor!
Pobre, jovem. Tornar-se-ia mais tarde um homem condenado.
Condenado pelas promessas da vida. - Vida mentirosa!
Condenaste a todos nos com seus perfumes e cores!
O que faço agora? – e a vida – Agora, sofra, somente.
-
Como é maravilhosa a magnitude do sol em meio ao gélido inverno,
Sua luz nos chama como um acalento lascivo; irresistível.
Lá se foi ele. Entregando-se a este inverídico calor e hoje sofre,
Com as marcas que foram causadas pelo frio de uma falsa promessa.
O sol é o amor que a terra nos dá, enfim,
Ao encontrarmos a luz primordial da vida,
A força de todos os seres terrenos; esta nos cobra severamente,
Que consigamos suportar as marcas do frio, que perdura até mesmo,
Quando o laborioso espectro nos abandona em lágrimas de luz.
Cai à noite.
Prates, F.